sexta-feira, 18 de março de 2011

Trabalhar e estudar no exterior na área de TI

Um ex-aluno do curso de Sistemas de Informação, Tiago Tavares, me pediu alguns palpites sobre suas intenções de estudar e trabalhar no Canadá. Reproduzo aqui, parte da conversa que tive com ele, por email:

O Canadá é um dos países mais abertos à imigração do mundo e está precisando "muito" de gente jovem e qualificada que queira trabalhar lá. O processo de obtenção de visto de trabalho no Canadá é muito mais fácil do que nos Estados Unidos ou Inglaterra, por exemplo. Se tiver uma proposta de emprego de uma empresa canadense é quase certo que você vai conseguir o visto.

Para conseguir a proposta de emprego tem que ficar atendo ao critério da "qualificação". A maioria das empresas vai querer saber qual é a sua formação, experiência na área e principalmente se você tem alguma certificação. Quase todas as certificações em TI têm validade internacional e se você fizer uma prova aqui ela vai ser aceita pela empresa de lá.

A maneira mais fácil para quem não tem formação, experiência e certificação, é ir para lá estudar inglês e, durante a estadia, conseguir os contatos certos e se apresentar para vagas em empresas e aí sim, solicitar uma permissão de trabalho.

O custo não é baixo, mas você tem que encarar como um investimento. Um curso de inglês custa de 500 a 2000 dólares mensais, dependendo da instituição, e muitas casas de família hospedam estudantes estrangeiros por 800 dólares por mês. Ou seja, além da passagem, de 1300 dólares, você tem que estar preparado para gastar no mínimo 2 mil dólares por mês. Há empregos temporários e ilegais (como chapeiro, lavador de carro, baby-sitter), mas não vão cobrir seus custos.

Os salários pagos por lá são na faixa de 32 a 40 mil dólares por ano para cargos técnicos como programador ou analista. No Brasil, com a mesma certificação, formação e experiência você poderia ganhar provavelmente mais do que isso. Portanto pense bem: se seu objetivo é passar uma temporada fora para aprender e "valorizar o seu passe" para retornar ao Brasil e conseguir um ótimo emprego, faça isso. Mas, se você está pensando em realmente "viver" por lá, saiba que há muito mais oportunidades de crescimento profissional aqui no Brasil, atualmente.

Quanto à preocupação se o seu inglês é suficiente, faça um teste. Assista um filme em inglês sem legenda e veja o quanto você entendeu. Depois assista novamente com legenda e veja o quanto você se enganou com a língua. Isso vai te dar uma noção se você vai entender o que as pessoas vão falar nas ruas com você.

Já nos cursos, a situação é outra. Todos os alunos são estrangeiros e os professores têm uma enoooorme paciência para explicar e usar até mímica. Também há muita ajuda entre os colegas de sala. Cuidado para não voltar falando inglês com sotaque mandarin.

Para quem já tem o inglês intermediário, é bom fazer uma prova TOEFL (Test of English as a Foreign Language), pois algumas empresas exigem uma certa pontuação neste teste para te contratar. Também pode ser útil caso você queira fazer um curso específico de tecnologia. A instituição pode exigir a nota no TOEFL.

Dica importante:
Nunca viaje com brasileiros e fuja deles como se estivessem contaminados com plutônio. O maior erro que alguém que quer aprender línguas em outro país é viajar em grupo e procurar seus conterrâneos para se relacionar. Tem que ser um processo de imersão, em que você esqueça sua língua natal.

Se alguém tiver outras opiniões e sugestões, colabore com a discussão.

2 comentários:

  1. Nesta semana saiu uma matéria no G1 sobre estudar nos EUA e eles indicaram um site que acho interessante: http://educationusa.org.br/

    Esse pessoal dá assessoria gratuita para quem quer estudar (pagando) nos EUA e também para quem quer concorrer a uma bolsa de estudos.

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  2. "Dica importante:
    Nunca viaje com brasileiros e fuja deles como se estivessem contaminados com plutônio."

    HUHAHUAEUHAUHUHAEUHAEUHAEHHAE!! Já vi e ouvi essa dica várias vezes, mas essa foi a melhor hehe

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